Entre as atividades já realizadas pelos pesquisadores e bolsistas do projeto “Tecnologias Sociais em Segurança Alimentar e Nutricional: vídeo e fotografia como possibilidade de valorização de saberes em Agroecologia e Educação do Campo” estão a organização de uma exposição fotográfica apresentação, participação em oficinas de filmagem e exibição de um documentário produzido pela equipe a partir dos trabalhos de campo.
Um dos objetivos é divulgar práticas oriundas das tecnologias sociais e da agroecologia que podem ajudar a garantir a soberania alimentar. A exposição fotográfica aconteceu no dia 13 de dezembro durante a inauguração da sede do Centro de Ciência, Tecnologia e Inovação para Soberania Segurança Alimentar e Nutricional (Interssan) no campus da de Botucatu da Unesp (Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”).
As imagens foram captadas nos assentamentos Luiz Beltrame (Gália), Reunidas e Dandara (Promissão) e em feiras de venda dos alimentos produzidos nesses locais. Esses territórios e práticas de produção e comercialização dos alimentos constituem uma rede sociotécnica e são exemplos de tecnologias sociais produzidas por essas comunidades.
Tais ferramentas contribuem para a Soberania Alimentar e Segurança Alimentar e Nutricional, a viabilização material dos produtores e o fortalecimento de um paradigma que se opõe ao agronegócio – responsável por severas consequências contemporâneas aos indivíduos, sociedade e meio ambiente.
A exposição foi precedida de uma análise e seleção das imagens feitas pelos bolsistas do projeto, além da reflexão sobre as fotografias.
Na inauguração em Botucatu também foi exibido um documentário com imagens coletadas durantes visitas de campo nos territórios pesquisados. Outros documentos ainda serão elaborados. Para a realização do produto audiovisual foi necessária analise dos vídeos com entrevistas já produzidas, elaboração de roteiro e edição do material.
O processo envolveu também a reflexão sobre a necessidade de oficinas para aperfeiçoamento de técnicas de filmagem antes da retomada de novas entrevistas.
As primeiras oficinas sobre os tipos de enquadramento, formas adequadas de captação de áudio, posicionamento da câmera e dos entrevistados, utilização do tripé e outros recursos foram realizadas no campus da Unesp de Marília em março de 2019. As reuniões contaram participação de profissionais que trabalham em meios de comunicação.
Outros encontros acontecerão também em abril e – se necessário – em maio. Com o término da etapa de gravações começará a pós-produção, que envolve a edição e finalização de outros documentários propostos. A produção de textos acadêmicos ocorre paralela e de forma complementar ao trabalho audiovisual.