Veja a entrevista completa, aqui.
“Só a agroecologia nos salva”. Este é o título de artigo assinado por Gabriela Vuolo, coordenadora da Campanha de Alimentação e Agricultura do Greenpeace Brasil, publicado no dia 21/05.
“Precisamos de um modelo agrícola em que alimentos seguros e saudáveis sejam produzidos para atender necessidades humanas”, afirma a articulista. “As pessoas não confiam nos alimentos que comem e sequer sabem quem os plantou”, diz ela. No texto ela informa que “atualmente, cerca de um bilhão de pessoas está com sobrepeso, enquanto 30% dos alimentos do mundo são desperdiçados; nosso desafio hoje é repensar onde, como, por quem e para quem a comida é produzida – as pessoas e o planeta estão sofrendo com um sistema alimentar que precisa de mudanças urgentes”.
A analisar a situação do Brasil, a ambientalista condenou o alto consumo de agrotóxicos no país. “Um estudo recente do Inca (Instituto Nacionaldo Câncer) destacou a relação entre o alto uso de agrotóxicos, as vastas áreas plantadas com transgênicos no Brasil – principalmente soja, milho e algodão – e os diversos impactos na saúde da população”.
Ela criticou ainda o modelo agrícola voltado para a exportação de produtos. “Agrotóxicos, transgênicos, fertilizantes químicos, monoculturas, concentração de terras, desmatamento e trabalho escravo são todos ingredientes frequentes do modelo de agricultura industrial voltado para exportação, que ocupa 75% das terras agrícolas brasileiras, recebe 90% do crédito disponível para agricultura no país, mas emprega apenas 25% da força de trabalho no campo e compromete a saúde das pessoas e a preservação do meio ambiente”.
Por fim, ela defendeu um modelo agrícola em que alimentos segurose saudáveis sejam produzidos para atender às necessidades humanas, e onde ocontrole sobre a comida e a produção de alimentos esteja nas mãos decomunidades e produtores locais, e não na mão de corporações transnacionais.
“A agroecologia garante o plantio e consumo de alimentos saudáveishoje e amanhã, protegendo o solo, a água e o clima e promovendo abiodiversidade – tudo isso sem contaminar o meio ambiente com insumos químicose organismos transgênicos”, concluiu.
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