Carta Comércio e consumo de alimentos na sociedade contemporânea


Comércio e Consumo de Alimentos na Sociedade Contemporânea



Somos trabalhadores da saúde, alimentação, assistência social, educação, direito, publicidade, comunicação, arquitetura e nos reunimos para discutir sobre o comércio, consumo, mídia, espaços urbanos e seus impactos na segurança alimentar e nutricional, especialmente a obesidade, uma das mais nocivas consequências de um modelo de sociedade consumista, que entendemos, precisa ser repensado.
Ouvimos e debatemos com a sociedade civil, representantes do mercado e o poder público e apresentamos as seguintes propostas:
1) Celebrar um termo de compromisso, elaborado pelos articuladores locais e regionais da Rede SANS, com os gestores municipais com metas e prazos para garantia de ações mínimas em SANS, contemplando:
– criação/fortalecimento do COMSEA;
– promoção da articulação entre conselhos e secretarias;
– fortalecimento da intersetorialidade nas ações de prevenção e combate à obesidade;
– inclusão da temática da prevenção e combate à obesidade na agenda do governo municipal;
– efetivação/adesão aos programas existentes de SANS.
2) Dar publicidade a adesão a esse termo de compromisso.
3) Aprimorar a formação dos professores para desenvolver a educação nutricional e alimentar na escola.
– Agentes que vão articular a proposta:
– CAISAN/ CRN para coordenação.
– Ações e propostas no caminho inverso, município demandando o MEC.
– Ações em parcerias para trabalhar conceitos em linguagem acessível à faixa etária alvo, por meio de material didático.
– Realizar concurso de literatura infantil a respeito dos temas de SAN e DHAA.
4) O meio acadêmico deverá estimular os meios de comunicação, como mídias comunitárias a veicular dados de pesquisas cientifica relacionada à alimentação e nutrição.
5) Fortalecimento e ampliação da rede SANS nos municípios.
A Rede SANS em parceria com os Conselhos de Controle Social em âmbito Federal, Estadual e Municipal deverão sensibilizar os gestores públicos através de Fóruns, seminários, oficinas, encontros, estratégias de marketing, dentre outros, sobre a importância de utilizar os programas e políticas públicas existentes com vistas ao fomento da educação da população para um consumo alimentar consciente, saudável e sustentável.
6) O município/Estado deverão:
– Estimular à intersetorialidade para a discussão da segurança alimentar e nutricional.
– Aprimorar parcerias entre instituições governamentais e organizações sociais.
– Fomentar e institucionalizar a educação alimentar e nutricional.
– Articular a elaboração de planos locais de alimentação e nutrição.


– Estruturar quadro profissional técnico para suporte das novas propostas e ações.