Preocupados com os perigos dos transgênicos para a sociedade, 815 cientistas lançaram uma carta aberta exigindo à proibição de qualquer tipo de cultivo desses alimentos, pois “ameaçam a segurança alimentar e violam os direitos humanos básicos e a dignidade”.
Para eles, o cultivo dos transgênicos “não oferece benefícios para os agricultores ou os consumidores. Em vez disso, trazem consigo muitos problemas que foram identificados e que incluem o aumento do uso de herbicidas, o desempenho errático e baixos rendimentos econômicos para os agricultores. Os cultivos transgênicos também intensificam o monopólio corporativo sobre os alimentos, o que está levando os agricultores familiares à miséria e impedindo a passagem para uma agricultura sustentável que garanta a segurança alimentar e a saúde no mundo”.
O documento destaca a importância da agricultura familiar de baixos insumos e sustentável, ao afirmar que: “ela oferece a única forma para restaurar as terras agrícolas degradadas pelas práticas agronômicas convencionais e possibilita a autonomia dos pequenos agricultores familiares para combater a pobreza e a fome”.
Os cientistas lembram que “um novo relatório da FAO confirma que há alimentos suficientes ou mais que suficientes para satisfazer as demandas globais sem levar em conta qualquer melhora no rendimento proporcionado pelos transgênicos até 2030. É por conta do crescente monopólio empresarial, que opera sob a economia globalizada, que os pobres são cada vez mais pobres e passam mais fome”.
A carta ainda destaca que fontes dos governos ingleses e norte-americanos já alertam sobre os perigos dos transgênicos para a biodiversidade e a saúde humana, pois podem gerar doenças infecciosas incuráveis e câncer.
A carta é assinada por 815 cientistas de 82 países, apenas 10 deles são brasileiros.
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Fonte: Rede Mobilizadores