Um texto muito interessante de Carolina Derivi publicado no blog Eco Baiano do Planeta sustentável expõe algo muito interessante e preocupante sobre o “jeitinho brasileiro” no Rio 20:
Neste sábado (16/06) o Brasil assumiu oficialmente a presidência da conferência e tornou-se responsável pelas simplificações das negociações.
Dentre as incumbências ficou responsável pela declaração oficial do Rio 20. Esta declaração deveria ser um texto limpo, sem divergências, para os chefes de Estado. Em menos de 24 horas, todos os desacordos, pontos problemáticos e mais ambiciosos encontrados no pré-texto da declaração haviam sido retirados.
O texto apresentado pelo Brasil está “limpinho” e sem conteúdo. Na declaração não há quase nada que represente um avanço concreto em relação a tudo que já existe no mundo dos compromissos internacionais. Nem mesmo as metas de desenvolvimento sustentável escaparam da “Limpeza”.
No texto é apenas concreta a recomendação para que a Assembleia Geral crie um comitê para analisar o assunto até 2014. Porém neste texto não estão indicados quais metas deverão ser tratadas, como: de oceanos, de florestas, de clima, de biodiversidade, de erradicação da pobreza e etc.
O Brasil deveria ter começado uma liderança informal meses atrás se quisesse alcançar algo mais sólido. Porém, como estavam despreparados preferiram um texto sem conteúdo ao invés de texto nenhum. Deste modo o Brasil facilita o ocultamento de entraves e os interesses escusos.
Fonte: blog Eco Baiano do Planeta sustentável