Parece, mas não é! – Pesquisadores do IDEC percorrem supermercados em busca de alimentos que não são o que parecem ser

O que é o que é: parece cachorro, tem focinho de cachorro, late como cachorro… Mas não é cachorro?”. “Cachorra” é a resposta a essa manjada charada infantil. Sim, é quase irritante constatar a banalidade por trás da brincadeira. Mas é mais ou menos a mesma lógica que permeia a política de alguns fabricantes de alimentos e bebidas. Por meio de jogos de palavras, comunicação visual ambígua e posicionamento dos itens nas gôndolas dos supermercados, eles fazem seus produtos parecerem o que não são.

Também há os casos em que os alimentos são enxertados com ingredientes mais baratos (quase sempre de baixo valor nutricional), a fim de “engrossar o caldo” da receita e, claro, reduzir custos. “Quando nada disso é informado claramente, estamos diante de uma tentativa velada de ludibriar o consumidor”, afirma Eduardo Vicente, pesquisador do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), vinculado ao governo do Estado de São Paulo.

asta uma simples passada de olho nas miúdas letras da relação de ingredientes para a máscara dos alimentos impostores cair: azeite de soja, muçarela de búfala com leite de vaca, requeijão com amido…

O Idec foi às compras e escolheu os dez casos que mais chamaram a atenção de nossa equipe. O critério foi apenas um: a discrepância entre o que são de fato e o que aparentam ser. Não se trata de uma denúncia, já que nenhum dos itens escolhidos desrespeita a legislação vigente (talvez a legislação é que seja por demais permissiva). Critérios nutricionais tampouco balizaram esse levantamento – embora o consumo em excesso de praticamente todos os itens não seja aconselhável.

 

Confira a lista dos produtos no link.

 

É provável que você encontre outros casos na sua cesta de compras. Depois disso, talvez seja o caso de passar a ler com mais atenção as informações do rótulo.

 

Fonte: Consea-SP