Reunião define conteúdo de curso para pessoas que atuam em padarias

No dia 1 de dezembro, Paula Maximo Torres, da equipe interdisciplinar da Rede Sans, Flávia Queiroga Aranha de Almeida, professora do curso de Nutrição do Instituto de Biociências (IB) da Unesp, câmpus de Botucatu, Marcella Troncarelli, médica veterinária da Vigilância Sanitária de Botucatu, e Alaor Aparecido de Almeida, pesquisador do Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox), unidade auxiliar do IB, se reuniram para discutir conteúdo, definir tarefas e datas do curso Interanutri – Alimento Seguro, que será oferecido a proprietários e funcionários de padarias de Botucatu. No encontro ficou definido que a capacitação terá início em março e deverá ser concluída em meados de julho.
Quanto à programação, deverão ser abordados assuntos como histórico de padarias; conceitos relacionados a microorganismos, doenças transmitidas por alimentos e segurança alimentar; medidas de proteção coletiva; perigos à saúde associados ao ambiente de trabalho de panificação como asma e dermatite de contato por substâncias químicas; seleção da matéria-prima; riscos de contaminação; acondicionamento, rotulagem, transporte e exposição dos produtos; manipulação de alimentos; problemas causados pelo uso de saneantes (produtos de desinfecção, limpeza, contra roedores e insetos); estrutura física do estabelecimento, o que inclui qualidade da água, extintor de incêndios e fiação; equipamentos e utensílios; manejo de resíduos sólidos, organização e destino do lixo; gestão e organização do trabalho; e atendimento ao cliente.
Público-alvo
A escolha do público-alvo da capacitação ocorreu após contato com a Vigilância Sanitária de Botucatu. Com o intuito de caracterizar melhor o perfil dos possíveis participantes, no mês de agosto aplicou-se questionário em 37 padarias, sendo que, em cada estabelecimento foram entrevistadas duas pessoas: o proprietário e um funcionário. O questionário incluiu perguntas relativas ao grau de escolaridade, a participação em cursos de boas práticas de manipulação de alimentos, a facilidade de acesso à internet, as atividades desenvolvidas e o porte do estabelecimento. 
Como resultados, foi possível identificar que 41,4% dos entrevistados possuíam o ensino médio completo; 27,1% dos entrevistados fizeram curso gratuito de boas práticas na manipulação de alimentos, o qual foi exigido pela vigilância sanitária há dois anos. Quanto à internet, 58,6% disseram ter acesso em suas residências.