Segundo o relatório do Banco Mundial, todas as nações irão sofrer os efeitos de um mundo 4ºC mais quente, porém os países mais pobres serão os mais afetados pela escassez de alimentos, aumento do nível do mar, ciclones e secas.
O relatório, chamado “turn down the heat” (traduzido como abaixar o calor), destaca o impacto devastador de um mundo mais quente até o final do século, o cenário mais provável com as políticas atuais.
A mudança climática já está tendo um efeito: gelo do mar Ártico atingiu um recorde mínimo em setembro, as ondas de calor extremo e a seca na última década têm atingido lugares como os Estados Unidos e a Rússia mais vezes do que seria esperado por registros históricos, segundo o relatório .
Neste clima mais quente, o nível do mar poderia subir até 3 pés, inundando cidades em lugares como Vietnã e Bangladesh. A escassez de água e a queda de colheitas iria agravar a fome e a pobreza.
Ondas de calor extremo iriam devastar trechos largos de terra do Oriente Médio aos Estados Unidos, diz o relatório. O julho mais quente no Mediterrâneo poderia ser 9ºC mais quente do que é hoje – semelhante a temperaturas observadas no deserto líbio.
Os cientistas estão convencidos de que o aquecimento global no século passado é causado pelo aumento das concentrações de gases de efeito estufa produzidos por atividades humanas como a queima de combustíveis fósseis e do desmatamento. Estas conclusões do Painel Intergovernamental da ONU sobre Mudanças Climáticas foram reconhecidos pelas academias nacionais de ciência de todas as principais nações industrializadas em uma declaração conjunta em 2010.
No ano passado, o banco dobrou seu financiamento para países que buscam se adaptar à mudança climática, e agora opera $ 7.2 biliões em fundos de investimento climáticas em 48 países.
O relatório do Banco Mundial vem intensificar o objetivo da reunião em Doha, no Catar, a partir de 26 novembro – 7 dezembro. Esta reunião tem como objetivo tentar estender o Protocolo de Kyoto, o plano existente para redução das emissões de gases de efeito estufa pelos países desenvolvidos, que vai até o final do ano.
Fonte: The guardian