Curiosidades culturais e históricas sobre amiláceos

PÃO (Rekhmire, 1.450 anos antes de Cristo) “Moer em pilão uma rama de tubérculos de junco. Peneirar cuidadosamente a farinha. Acrescentar uma taça de mel e amassar. Colocar a massa em uma caçarola de metal e levá-la ao fogo juntando um pouco de gordura. Cozer em fogo brando, até que a massa fique consistente. Dourar com cuidado para não queimar. Deixar esfriar e formar pães cônicos”

LUNA, P. E.; CAGNIN, P. A fabulosa culinária mediterrânea dos contos de Esopo. Rio de Janeiro:Record, 2004.


MANDIOCA (Jean de Lévy,   ano de 1.557) “O mais admirável, porém, nestas raízes, é o modo de se produzirem no Brasil. O caule é mole e frágil como o do cânhamo, e basta quebrar e enterrar um pedaço para que, sem maiores cuidados, três meses depois estejam formadas sob a terra grossas raízes”.

ALVES FILHO, I. e GIOVANNI, R. Cozinha brasileira (com recheio de história).  Rio de Janeiro: Revan, 2000.


A farinha que da liga à comida e à amizade “…nós, brasileiros, sempre privilegiamos comidas nacionais e preferimos sempre os alimentos cozidos. Do cozido à peixada e feijoada. Da farofa ao pirão e aos molhos, guisados e mexidos, às dobradinhas e papas. Parece que temos especial predileção pelo alimento que fica entre o líquido e o sólido, evitando – nessas grandes refeições onde se celebram as amizades – o assado, alimento que não permite a mistura.  Daí, também, por que temos sempre que usar a farinha de mandioca em sua forma simples ou como farofa em todas as refeições. De fato a farinha serve para ligar todos os pratos e todas as comidas.”  (p. 62)

DAMATTA, R. O que faz o Brasil, Brasil? Rio de Janeiro: Rocco, 1986, 126 p